Achados no tempo...
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Achados no tempo...

algumas coisas escritas...
que por acaso encontrei...




Queria sair ...Sair daqui...
Sair, para te poder ver!
Encarar teus olhos doces,
Ansiar a tua boca atrevida,
Sentir de novo o arrepiar,
Estremecer do meu ser,
Que so de pensar,
Pensar no teu sorriso,
Imagem inesquecível!...
E as tuas mãos macias,
aveludadas, quentes...
muito masculinas,
que nas minhas tocaram,
e que no meu queixo senti...
O calor efemero...

Surgiu um toque mais profundo,
sem nunca deixar de ser terno,
Terno e sentido...
Finalmente tuas mãos puxaram
o meu queixo para mais perto,
Perto de ti, da tua boca...
E como que por magia,
quatro labios se uniram,
humedecendo, criando um sabor
novo e delicioso...
Delicia das delicias,
que nao dá para esquecer
e até agora nao parei,
Parei de estremecer!...
Queria te ver...
Queria sair ao teu encontro,
nos teus braços me enlançar,
Adormecer e sonhar...
Sonhar relaxadamente,
esquecer...
Esquecer para sempre,
deixar de mentir,
deixar de sofrer...
Seguir em frente,
continuar...
Caminhar nesse sonho,
Nesta paixão subdita,
inesperada...
E levemente percebi...
a melodia,
Um harmonioso toque...
Tinha adormecido!...
Tinha fechado os olhos!...
Imaginando a tua face...


Maria José Ludovino
23 de Março de 1994





Numa Aldeia distante...


Só...Apenas estar sózinha...
Nada mais é preciso,
apenas eu e o mundo...
Energia de viver...
O Sol, o Vento quente,o céu,
meio entorpecido...
Nem azul, nem cinzento...
O mundo inteiro numa aldeia distante...
casas construídas de pedras,
Pessoas simples, um rio...
Pessoas que vivem do cultivo da terra
e pouco mais...
Bebem o vinho das suas vinhas,
Aldeia de costumes antigos,
Procissão de uma Nossa Senhora,
que dizem chamar-se da Agonia!
Agonia?
Sim! Em agonia vive este povo,
que conhece apenas a sua terra,
as sua mais antigas tradições...
Acordam numa manhã silênciosa...
Silêncio majestoso do amanhecer...
Dos quentes raios solares...
Silêncio iluminado, iluminado,
por uma noite serena,
que acaba num pouco de convívio,
no café... Que mais tem este povo?
Que mais tem este povo, senão...
senão a sua aldeia?
Nada! Apenas a esperança no amanhã,
no pedir a Deus melhores dias,
de sorte e ...talvez...
Ser então feliz!...


Maria José Ludovino
Ázere
21 de Agosto de 1994





Dia de festa...
Festa da Nossa Senhora da Agonia...
Nossa Senhora de Ázere...
Ázere aldeia pequena do centro,
Do centro de Portugal...
Portugal nem sabe a sorte que tem...
Em ter uma terra assim!
Prepara-se a barraca das rifas,
O bar,e as mesas dos comes e bebes,
O recinto e o coreto esta enfeitado
com papelinhos coloridos e luzes...
Toca musica nos alofotes,
comecam a assar-se os frangos...
corta-se o pao...
Aparecem as primeiras pessoas,
começa...Começa o conjunto a tocar...
Os primeiros pares aventureiros,
dirigem-se para o Dacing...
E festa toca a dançar...
Toca a divertir, e a nossa festa!...
Ha que fazer dela...
uma festa inesquecível...
uma grande comemoração!...
Viva a Tradição!...

Maria José Ludovino
Ázere
21 de Agosto de 1994





De novo a loucura...

Bolinhas que sobem rapidamente e...
ficam paradas a borda do copo, e que...
num instante desaparecem...
Ai, que frescura!...
Frescura depois de uma loucura,
mais uma para juntar as outras...
Atracção, mas não fatal, que e tal,
que ao trincar estes aperitivos,
não consigo saborear,
senão o nosso beijo...
Beijo quente e misterioso,
que me elevou até à lua,
mas que não arrefeceu,
o meu ardor, mas derreteu o gelo,
que já algum tempo me envolvia...
Foi como que uma estrela, que...
Que brilhava, mas que o seu brilho,
não chegava a penetrar os céus negros,
porque não existia alegria de viver!...
Mas as vezes e tão fácil, que...
nem damos por isso, basta...
basta olhar à nossa volta,
e encararmos com uns olhos...
uns olhos expressivos e translúcidos,
que dizem de imediato:QUERO-TE!

Maria José Ludovino
Reflexao "Em Lisboa,
algures no mes de Janeiro de 1995





Vi-te de longe...
Tropecei...

Não conseguia deixar de olhar para ti...
Teu rosto meigo,
teu sorriso cativante, delicioso...
Senti de novo o tremor,
aquele calor, a mesma dor...
Vontade de correr para ti,
de te abraçar, de sentir teu carinho...
Teu cheiro...

Quis voltar e dizer-te:
AMO-TE!...
Tentei esquecer-te...
Apagar-te da minha vida...
Deixar de sentir...
aquilo que o meu coração sente!...
Tentei pensar racionalmente...
Razão!
Não vale a pena...
tu és o meu pedaço,
O meu coraçao bate...
bate...descompassadamente...
de cada vez que te vejo,
cada vez que te ouço,
cada vez que sinto que estás perto...
Sonho contigo!
Adormeço contigo em meu pensamento,
Os meus lábios soletram o teu nome,
ficam humedecidos,
Minha voz entorpecida,
meu ser baralhado,
descontrolado, pois AMO-TE!
E mais forte do que eu,
Queria que soubesses...
que não sou como pensas...
Não me destruas...
Não quero sofrer mais, amo-te tanto!
Não destruas meu sentimento,
não jogues mais comigo,
Tenta conhecer-me,
deixar-me ser eu...
Quando o AMOR e verdadeiro,
aceita-se o outro como ele é,
Não se modifica,
pois quando se ama verdadeiramente,
Desculpa-se e compreende-se...
o eu de cada um...
Por muito que eu tente esquecer-te,
arrancar-te de mim,
impossivel..
Apesar de sentir saudades...
sinto melancolicamente
saudades e recordo nosso tempo...
Nao consigo odiar nada,
pois o meu amor e
mais forte que tudo,
que qualquer barreira...
Eu tinha dito tantas vezes,
que um dia bateria forte e bateu...
AMO-TE! Aconteça o que acontecer...
E como vês o tempo passa...
Passa lentamente,
tudo estás mais longe...
mais distante...
Mas o meu amor amadureceu, cresceu,
intensificou-se de uma maneira mais racional,
não esperando nada de nada...
Ignoraste-me durante algum tempo,
estamos em 1995, mas tu sabes que
não é facil apagar o que houve!
Tentas-te abrir meus olhos, pois bem:
AMO-TE! Quer facas mal, bem,
me deixes mal...
Não é dependência,
ainda não morri e estás longe de mim...
Mas sou capaz de tudo por ti,
Mas tinhas que me aceitar,
me amar como sou... e terias tudo de mim!...
Vou estar contigo de novo, nervosismo...
Mas, desejo a conversa que vamos ter...
Esclarecer as coisas...AMO-TE!...


Maria José Ludovino
Monologo

24 de Janeiro de 1995



Pensar que...
Se de facto existe AMOR...
Se me amas... Se eu te amo...
Então porquê tudo isto?!
Perdidos...
Perdidos no tempo,
Perdidos no espaço...
Incerteza...
Destino?
Nevoeiro no caminho a seguir...
Receio no amanha...
Não o poderei mais sonhar?

Vaguear?...
Minha mente nao vagueia...

Entristeceu!...
Esqueceu o Sol no ciúmento Céu!
E eu só queria...
vaguear novamente...
nos grandes campos da lua ...
-Lembras-te de mim?...
Quando as estrelas brilhavam?
-Recordas-te do meu olhar,
quando o Sol o meu coração aquecia?

Era tão fácil atingires o meu pensamento,
enquanto o rio descia!
E a magia?
Onde esta a magia de um olhar?
O estremecer ao tocar?
O bater do coracao?
A voz entorpecida?
Onde ficou tudo isto?
Esquecer o passado?

Este passado recente?
-Diz-me, quanto mais tempo?
-Diz-me, quanto mais sofrimento?
-Diz-me, quando serei de novo feliz?
-Quando poderei de novo sorrir?
E tudo o que eu vejo,
tudo o que me rodeia,
apaga o calor do meu corpo,
apaga a minha vontade,
o jeito de ser...
Aqui sinto-me uma refem...
Refem de um pais...
de uma cidade,
pela qual não sinto nada...
De um mundo que não é o meu...
De um pulsar que não bate,
ao mesmo ritmo que o meu...
Um Ar que nao me arrepia,
Um Sol que não me aquece,
um Rio que não faz sonhar...
Paris?
Sonho desfeito na grandeza,
na frieza,
na solidão,
de um mundo,
que não e o meu...
Procuro no meu subconsciente,
um sinal,
que dê ao meu coração
vontade de bater, mas...
Nada surge!...

Talvez seja eu...
Talvez seja o meu ansiar...
Talvez seja só eu que sinto saudades,
de nós...
Tudo bem!
A minha ânsia provoca revolta,
eu sei!
Mas... Não era tudo misterioso?
e turbulento na minha terra distante?
Saudades do calor!
Saudades do respirar português...
Rodopiar... Correr... Chorar...

Rir e Amar em Português....
Amar em Portugal!...


Maria José Ludovino
Paris, 14 de Março de 1995



Sinto um arrepio...
Um arrepio...
Sinto saudades...
Saudades...de emoções...
De grandes emoções...

Das loucuras inesperadas...
Inesperado prazer.
Eramos dois adolescentes!

Percorriamos a estrada...
Estrada da felicidade e...
afinal onde esta o arco-iris?

Pura fantasia...
Verdade nua e crua...
Mentira, sofrimento...
Simples tortura!

Emoções fortes,
decisões importantes...
A minha vida mudou!

Mas a tua não...
O destino cruzou-nos de novo!
So que agora somos adultos...

Tu sonhavas ser feliz!
O teu ideal era ela...
A menina dos teus olhos!...

Casas-te e afinal?
Nada foi como imaginas-te...
Eu sabia...mas tu não!...

Sabes eu naquele tempo sofria...
Sofria por não ser feliz,
tinha um sorriso disfarçado!...

Mas que desaparecia...
Quando nao te via...
Agora alguns anos passaram,
Dizes que ainda existe paixão...

Mas sera justo de novo começar...
o que nunca aconteceu?...
Será que nao vamos
sair mais magoados?
Mais amargurados?...

Mas se for inevitável,óptimo!...
A vida é mesmo assim...
Se não der...paciência...
Se acontecer que seja um céu...

Noite de estrelas...
Brisa suave...
Toque na asa do sonho!...

Inconsciencia...
Tropidar...
Ascendência total...

Maria José Ludovino

18 de Fevereiro de 1996



Estava sozinha em meus pensamentos...
vagueavam suavemente...rumo a um alguém...
Um alguem terno, delicado e amigo...

Esse alguém que em seu ar espiritual,
seu ar doce, sua voz meiga,
sua presença divina, em acalma...

Tem ar de crianca, em que o sol
e seu companheiro, e as estrelas
iluminam seu caminho...

Por onde passa seu brilho deixa...
Seu calor irradia em satisfação, mas
anda triste, distante, preocupado...

Mas não diz nada...
mas eu vejo nos seus olhos,
um marejar de agua...vontade de fugir...

Partir...Talvez para um mundo diferente,
onde não haja discordância, nem indiferença...
Pois para ele, a justiça e lei...

Lei que cumpre piamente, sem parar...
Jamais para...Se calhar porque:
PARAR E MORRER!...

Ai somos os dois iguais...
Só que eu sou uma flecha...
Um vulcão em erupccão...

Nao implanto calmia, mas sim agitação
mas será que ele não sente o mesmo que eu?
PERTUBAÇÃO?

Como por magia apareceu ele,

pássaro misterioso,

envolto na asa do meu subsconsciente...

Maria José Ludovino

Pensamento Abstracto - 8 de Março de 1997



Quero de novo sonhar!...
Subir as nuvens!...
Rodopiar...Rodopiar...

Tocar no sol...Dizer: - Olá
Sentir o seu calor...
Aquecer o meu triste coração…

Sentir de novo emoção...

Uma emoção muito forte...
Uma loucura... trepidação!
Sentir aquela turbulência...
Mistura das palavras...

O arrepiar dos sentidos!
Quero de novo sentir...
Sentir uma grande paixão!
O amor pelas coisas simples...

Uma flor a nascer!
O cantar dos passarinhos...
O findar de um dia!
Uma criança a adormecer!...

Quero ter vontade de chorar...
Lagrimas de felicidade!...
Quero gritar de alegria...
Quero carinho, quero amar!...

Maria José Ludovino

18 de Junho de 1998

 







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