Coisas Minhas
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Coisas Minhas...
Finalmente criei coragem...
Vou aqui mostrar um pouco de mim...
Daquilo que sou,daquilo que sinto,
e do que procuro...Ser Feliz!...
Exactamente como o grito...
Rumo a uma felicidade total!


O meu grito de revolta...

Foram tres golpes de sorte,num bocadinho de magia,
E onde todos viam a morte,eu via a vida e fugia...
Foram tempos de esperança,cada dia um novo dia...
Era tempo de recolher...e o Inverno chegava...
Foi num grito sem calor,que dentro de mim emergia...
Onde todos viam a dor,
a dor sentia-a e fugia...
Tudo agora já passou e a vontade aumentou,
mais forte ficou! Dentro de mim eu vejo uma luz,
um desejo...Uma ansiedade envolta...
Restos do que já fui...ficaram em mim...
Como a nascente de um rio...
onde aflui...meu grito de revolta!...

Maria José Ludovino

13 de Novembro de 2001

Eu sou uma sombra
e sombra tambem és tu...
Eu tomo conta do tempo, e tu?








E mais um salto...
Salto...trepidação...
Trepidação...Rodopiar...
Rodopiar...vontade...
Vontade de atingir...
extremos...vontade...
em alcançar o desconhecido!...
Voar...Saltar...
Rodopiar...Chegar...
Atingir...o inantigível...
LIBERDADE...
Liberdade de espírito...
Liberdade de criação...
Liberdade de expressão...
O Grito

(um quadro do meu amigo Zé Rosa - pode ver mais em www.jajao.freeservers.com)

E segue-se mais um quadro inovador...Liberdade...
Palavra...
cheia de sentido...
cheia de vida...
Liberdade...
O mundo e nós próprios...
Nós e o mundo....
Numa união quase perfeita...
Homem... neste caso uma mulher...
Mulher e o mundo...
Mulher com o mundo nas mãos...
Mãos talhadas para fazer deste mundo...
Um mundo à sua maneira...em que o mais importante...
é ser feliz...e atingir a liberdade...Liberdade total...



Mundo do Ar
Elemento
Mundo da Lua
Noite...
Planeta
Terra!
Mar...Proa nua..
Linha do horizonte...
Perdição
Coração carente
Risco...Loucura...Aventura...
Tua leveza súbtil,
Teu sonho
Tua imponência...Tua quentura,
entorpecem meu ser...
Minha mente...
Meu consciente
Teu subsconsciente
Minha vida pertuba...
Deslizar ausente!


Maria José Ludovino

14 de Julho de 1993

Salto...
Liberdade...
E depois do salto...
a certeza...
que vai conseguir...
atingir a felicidade total...







 

Voar Rumo a uma Janela.... 


Eu queria voar...Tantas vezes sonhei...
Mas não conseguia...
estremecia...
fingia voar...
Ate que um dia voei e senti-me livre...
Livremente voei nas asas da minha imaginação,
até pousar numa flor,
nas suas petálas toquei e o seu polen beijei,
expirando toda a sua pureza entonteci!
Bebi aquele orvalho tranparente e desejei nunca mais partir,
mas...voei de novo...
Voei até cansar e de novo parei,
uma janela avistei...
A janela que se abria para eu chegar ao ponto futuro.
Era grande, tinha os vidros brilhantes!...
Era resplandecente...Cativante...
E eu queria entrar...
De súbito ela abre-se para eu entrar,
como que adivinhando o meu pensamento...
E eu entrei sem exitar,
ansiando descobrir novos mundos...
Mas para meu espanto um corredor de imensas,
enormes e brilhantes janelas,
se deparava para eu ultrapassar...
Prossegui abrindo cada uma delas,
com força interior e confiança,
pois sabia que havia de encontrar o que eu queria!...
Apos abrir a última das janelas,
vi-me num sítio cheio de luzes e sons vibrantes,
que me encaminhava até a minha resposta.
A vida é muito especial
e cada ser tem que merecer ter nascido.
Há que abrir janelas ao nosso redor,
procurar a resposta em cada uma delas,
de maneira que todos os caminhos sejam acessíveis
a quem os quer alcançar...
Descobrir com ansiedade e força de vontade,
o que cada janela tem para nos dar...
Nunca feches uma janela,
abre-a e deixa o sol ou a chuva entrar,
porque tudo é maravilhoso,
desde que se saiba viver...

Maria José Ludovino

17 de Agosto de 1992




Liberdade



Se eu fosse...

Se eu fosse um pássaro voava livre.
Voava por cima do mar e girava, girava!
Se eu fosse um pássaro sentia o cheiro
do mar e...gritava, gritava!...
Se eu fosse um pássaro,
deixava o meu pensamento
elevar-se bem alto e
sonhava, sonhava!...
Se eu fosse um pássaro ia até ao céu,
descansava numa núvem e chorava, chorava!...
Se eu fosse um pássaro inteligente
pegava num livro e
recitava, recitava!...
Se eu fosse um pássaro feliz podia rir
e amava, amava!...
Se eu fosse um pássaro pobre,
não tinha nada e pedia pedia!...
Se eu fosse um pássaro rico e tudo a minha volta, fosse meu e de mais ninguém,
repartia!...
Se eu fosse um pássaro adorado,
deixava-me aclamar, aclamar!...
Se eu fosse um pássaro,
mas não sou,
tinha esperança no amanhã e
ansiava, ansiava...

Maria José Ludovino

5 de Maio de 1981



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