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Algo que sai instantaneamente...
sem percebermos...
As palavras surgem como
um sopro de vento...


Perdi-me...
Perdi-me...
Não encontro o caminho...
Estou presa
neste labirinto,
neste sentimento,
sentimento este: saudade...
Saudade dos sitios
por onde não passei!
Saudade das paisagens
que não avistei!
Ansia de ir mais além:
conhecer o mais infinito...
Cair em outros abismos...
Sentir o verdadeiro
e vertiginoso futuro...
Procurar o sol...
procurar o mar...
Procurar o céu!...
Esses bens da natureza
que todos os dias
sinto saudades...
Perder-me na imensidão
do mundo...
Escrever com o tempo,
o mesmo tempo que
uma árvore demora a crescer...
Com o mesmo brilho,
a mesma ansiedade
que nos da esperança...
Esperança no ir mais além,
no perder-me...
Perder-me no infinito...
Então,
perdi-me nesta noção...
Nesta viagem...
Nesta vontade de "falar",
de dizer ao mundo
aquilo que sonho...
Demonstro aquilo
que desejo...
Transparente...
como a água de uma
nascente,
suavemente...
como o saltitar dos
passaritos...
Doce como a
cana do açucar...


Maria José Ludovino - Em 29 de Maio de 2003
Olha para mim...

Olha para mim...
Se olhasses para mim
nos olhos,
agora,
verias a serenidade
de um olhar
terra.
Aquela terra
que ama o mar!...

Olha para mim...
com esses teus olhos
mar,
Mar que envolve
a terra,
Terra que abraça
o mar....

Vem e olha-me
nos olhos...
Os meus olhos marejados
de água...
Que querem os meus olhos
terra, dizer aos teus olhos
mar?!...

Vem partir na
sensação desse olhar...
Sensação como se fossemos
viajar...
Viajar na alma...
Viajar nos dois na
ilusão...

Vem dai
e agarra-me na mão...
Desliza com ela
pelo meu rosto...
Acaricia-me
com ternura,
sente a dor dos
meus olhos terra
pelos teus
olhos mar...

Olha-me...
afinal os teus olhos mar,
por fim querem render-se,
a lealdade dos meus
olhos terra!...


Maria José Ludovino - Em 29 de Maio de 2003

Nota: Ideia retirada de uma letra de
Pedro Ayres Magalhães - cantada
pelos MADREDEUS.

Um dia como os outros...


Neste dia de verão,
verão que nao sinto...
A solidão arrefece minha alma...
Continuo vazia...

Mais um mês que termina...

Recordo em tempos,
um tempo em que sorria,
um tempo em que nada,
mas mesmo nada me entrestecia!...

Nem este sol, nem este calor...
Alegram minha vida...
Para mim, nem no verão estamos...
de tão nua, de tão despida,
que me sinto...

Preciso de agasalhos...

O meu eu fraqueja,
Minha voz não se solta,
Meu coração não bate,

Morri...

Morri para a vida...
Desde que este ano entrou,
que nada me sorri...
Nada me alegra...
que minha alma não se encontra...

Quero adormecer para sempre...
Fugir desta melancolia,
que insiste em esfaquear-me...
que não me deixa respirar!...

Quer matar-me...
Logo a mim...
que tanto amava a vida...
Acho que não merecia tal sofrimento,
tantas quedas...
Sempre me levantei...
Sempre fui em frente...
Sempre sorri por muito,
que me custasse...

Mas agora...
não tenho vontade...
não consigo sorrir...
não consigo ir em frente...

Sinto-me só...imensamente só...
Só num mundo inteiro...
Só, mesmo com pessoas em volta!...
Só...


Maria José Ludovino - Em 29 de Julho de 2003
Anseio

Anseio
pela visão
visão em profundidade...
vagueio entre ilusões,
ilusões sobre a verdade!

Anseio
uma razão,
razão no meio do vazio...
Confusão,
não encontro o teu sorriso,
não oiço a tua voz!...

Anseio
pela visão,
visão total...
Total que ao nascer,
nascer não nos é levada,
Levada nos corações,
corações entre versões,
Versões contrárias da realidade!...


Maria José Ludovino- Em 29 de Maio de 2003

Nota: Ideia retirada de uma letra de
Pedro Ayres Magalhães - cantada
pelos MADREDEUS.


Alma


Subconsciente,

liberdade,

meu espiríto,

suspira por ti!...

Por ti meu olhos choram,

por ti meus labios sorriem,

por ti minha voz aclama!...

Aclama...

Grito...

Meu grito de revolta,

entoa bem alto,

bate numa nuvem,

diz: - Olá!

Olá vida!

Olá mundo!...

Minha alma vagueia,

rodopia,

sobe...sobe...

Voa até ao grito,

dá-lhe a mão

e caminham juntos,

juntos até ao infinito...

Felicidade plena!

Maria José Ludovino - Julho de 2003

Os teus olhos azuis

Os teus olhos azuis,

azuis da cor do céu...

Transparentes como a luz,

Reflectem-se no espelho!

O teu sorriso doce,

Percorre a minha alma

e quase que por magia.

esses teus lábios entontecem!...

A tua voz suavemente,

me acorda da solidão,

mistura-se com o quente,

aconchega-se no meu coração...

E esse teu cheiro,

um perfume fresco,

arrepia-me o desejo,

entranha-se na pele!...

Escondo-me numa gruta...

Refugio minha alma

desses pensamentos!

Quero dormir!

Jamais acordar

desse sonho azul!

Quero ficar dentro,

dentro de ti...

Quero-te no fundo,

no fundo

da minha alma...

Maria José Ludovino - Em Julho de 2003

 


Dizem...

Dizem que quando a alma sobe, sentimos Paz...

Talvez seja...

Acalmia num fundo branco inexpressivo!

Branco que nem cor é!

Existe uma pomba,

que voa,

livre...

Nas asas do subconsciente...

Dizem ser a Paz!

Se a Paz é branca, será vazia?

Não...

Talvez plena...

Branca para a tua alma vaguear,

escolhe ela o resto das cores!...

Finaliza o resto do puzzle...

Segue a linha do destino...

Maria José Ludovino - Em Julho de 2003

 

Um pedaço...

Um pedaço de céu...

Um pedaço de mar...

Uma brisa no ar,

numa praia vazia!

 

Caminha-se na areia,

um silêncio ansiado,

solta-se a vontade,

numa liberdade

suspirada...

 

Eleva-se o espirito,

uma voz que geme,

que chega bem alto,

num raio de sol...

E a sua cor alaranjada,

em tom quente,

amorna meu coração...

Seu explendor,

Sua beleza,

Preenchem minha alma...

Maria José Ludovino - Em Julho de 2003


Desejo

Desejo...

Existe no ar

um desejo...

Olha para mim...

Se olhasses meus olhos

agora

verias neles o meu desejo,

desejo do meu olhar,

pelo teu olhar...

Esses meus olhos terra,

desejam os teus olhos mar...

Diante deste desejo,

intenso,

caloroso,

inexplicável,

empolgante,

delicioso,

surge na minha mente,

em minha alma,

a recordação

desses teus olhos mar,

presentes no meu

dia a dia...

Vivos no meu coração!...

Maria José Ludovino - Em Julho de 2003

Ja nao sou quem era...

Já não sou quem era...

Numa gruta escura

habito...

Minha voz não segue

o vento...

Eu ja nem o céu avisto...

Meu tormento...

Vou partir,

ficar em minha terra...

Vejo agora

que triste

figura me tornei...

Se a razão me

seguisse nua...

Eu me arrependo,

no frio

da noite,

nem as estrelas

avisto,

nem a minha

alma ocupo,

com meus pensamentos...

Já não

existe nada...

Maria José Ludovino - 27 de Julho de 2004




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